Robert Preidt
Repórter do HealthDay
Quinta-feira, 1 de novembro de 2018 (HealthDay News) - Quase metade das mulheres americanas mais velhas têm incontinência urinária, mas muitos não falaram com um médico sobre isso, uma nova pesquisa nacional mostra.
Mais de 1.000 mulheres, entre 50 e 80 anos, foram questionadas sobre o controle da bexiga. A pesquisa descobriu que 43% das pessoas com 50 e 60 anos tinham incontinência urinária. Essa porcentagem saltou para 51% entre os maiores de 65 anos.
Mas dois terços dessas mulheres não discutiram o problema com um médico, e apenas 38% disseram que fazem exercícios para fortalecer os músculos que podem ajudar a evitar que a urina vaze.
"A incontinência urinária é uma condição comum que pode não ser rastreada rotineiramente nos cuidados primários, mas pode afetar a qualidade de vida e a saúde de uma mulher e é usualmente tratável", disse Carolyn Swenson, uroginecologista da Universidade de Michigan. Ela ajudou a desenvolver as perguntas da pesquisa e a analisar as descobertas.
Das mulheres que disseram ter sofrido vazamento de urina, 41% disseram que era um grande problema ou um problema. Um terço das pessoas com vazamento disse que ocorreu quase todos os dias.
A maioria encontrou formas de lidar sozinhas, de acordo com a pesquisa - de usar absorventes ou roupa íntima especial a usar roupas escuras e limitar a ingestão de líquidos.
Mas quase metade preocupou que ficaria pior à medida que envelhecem.
"Não é uma parte inevitável do envelhecimento e não deve ser negligenciada", observou Swenson em um comunicado à imprensa da universidade.
Os gatilhos mais comuns de vazamento de urina foram tosse ou espirro (79 por cento), tentando chegar a um banheiro no tempo (64 por cento), rindo (49 por cento) e exercício (37 por cento).
A pesquisa, publicada em 1º de novembro, foi conduzida pelo Instituto de Políticas e Inovação em Saúde da Universidade de Michigan e patrocinada pela AARP e Michigan Medicine, o centro médico da universidade.
"A última coisa que as mulheres mais velhas deveriam fazer é evitar exercícios ou não aproveitar outras atividades que fazem a vida valer a pena", disse o diretor da pesquisa, Preeti Malani, professor de medicina interna em Michigan, com especialização em medicina geriátrica.
"Esperamos que essas descobertas ajudem a estimular conversas entre mulheres e seus profissionais de saúde, para que as atividades não sejam limitadas", acrescentou Malani.